terça-feira, 16 de dezembro de 2008

"Design e Cultura por Dijon de Moraes" (entrevista concedida a Fernanda Cury, Cláudia Regina Martins e Cecille Figueredo)


Após nosso encontro com Dijon de Moraes no evento P&D, ele gentilmente nos conceceu a entrevista abaixo, deixando clara a estreita ligação existente entre design e cultura, e lançando reflexões acerca do trabalho desenvolvido pelos designers.

1) Como educador, o que as universidades devem levar em conta para formar “bons designers”? Na sua opinião, que tipos de profissionais o mercado espera?
Em um passado remoto, antes da existência do fenômeno da globalização e da rápida disseminação do conhecimento pelo mundo, as universidades operavam em um cenário estático e previsível, onde estabeleciam seus ensinamentos. As escolas de design não procediam de maneira diferente, e tinham nos aspectos objetivos, funcionais e racionais, o foco e a referência principal para o modelo de ensino. Hoje o cenário mudou radicalmente e, ao invés de trabalharmos com dados exatos e precisos, deparamos com dados mutáveis, fluidos e dinâmicos, em constante processo de evolução. Isto fez com que o foco do projeto de design deixasse o campo dos aspectos objetivos e migrasse para a valorização dos subjetivos que eram tidos, anteriormente, como secundários. Neste novo formato que se estabeleceu os valores imateriais e intangíveis ganham força e passam a ser o diferencial em mundo massificado e repleto de códigos estéticos.
O mercado, portanto, espera hoje dos profissionais esta capacidade de estabelecer conexões, de interpretar os códigos que recebem e principalmente de terem a capacidade de síntese em um mundo repleto de informações. Para isso, as universidades devem preparar profissionais multidisciplinares, cultos e sempre atualizados.

P2: Como você avalia os estudantes de design da atualidade? Quais seriam seus pontos fortes e fracos?
Os estudantes de design de hoje têm mais desafios que os estudantes do passado, pois eles vivem atualmente em um cenário de constante mutação onde o que é referência no momento deixa de ser referência amanhã. Por outro lado, os valores objetivos e racionais que determinavam o design do passado não deixaram de existir, mas, unem-se a outros novos aspectos, mais complexos e de difícil ensinamento por parte das escolas. O ponto forte do estudante de design da atualidade é justamente o seu ponto mais fraco que é o excesso de informações disponíveis. Saber filtrar e decodificar a abundância das informações, que recebemos diariamente, passa a ser um dos desafios dos designers na atualidade.

P3: Evidentemente, quando desenvolvemos um produto, temos como intuito solucionar os problemas do nosso usuário, suprindo suas necessidades e realizando seus desejos. Como você pesquisa seu público alvo?
Na verdade, a maioria de meus projetos foi desenvolvida dentro do contexto de uma indústria específica, com usuários definidos e mercado pré-determinado. Isto facilita a direção do projeto, pois quando o trabalho tem estas características acima apontadas, você busca conhecer outros produtos deste segmento que são oferecidos pelo mercado. Quando você tem a faixa de consumidores bem definidos e a classe econômica e social que a consome, fica mais fácil projetar.
Quanto aos produtos de produção em escala mais reduzida, fora da grande empresa, eu imagino um nicho de mercado que o possa consumir. Por exemplo, para o desenvolvimento da linha de cerâmica da Caleca Itália, eu estava apontando para um consumidor que queria um objeto mensagem, que valorizasse um conceito e que compartilhasse das mesmas idéias e mesmos ideais meus. Mas para isso, você deve se conformar com a pequena série, com a pequena abrangência de mercado as poucas vendas também.

P4: Em um de seus livros você fala da sobre a “obsolescência programada”, dando como exemplo, justamente, os celulares. Na moda contemporânea, que prevê a sua própria morte para nascer novamente, numa busca freemente pelo novo, como abordar essa questão? Que qualidades uma vestimenta poderia ter que amenizasse esse processo? A criação de um produto que gerasse uma “afetividade” com o usuário? Que lhe trouxesse “valor”, “significado”? E ainda: até que ponto essa política do descartável não está destruindo o mundo?
É verdade, a obsolescência programada é uma realidade no mundo ocidental (principalmente nos Estados Unidos), onde a ordem é consumir. Acontece que a resposta já se vê hoje nos desatres ecológicos, nas mudanças climáticas e no forte impacto ambiental. Diria que o planeta chegou ao limite e isso não é frase de efeito nem profecia, mas a realidade em que deparamos na atualidade. O mundo artificial já supera o natural em poder de destruição e nossa geração tem o dever de rever os conceitos capitalistas e industriais, de redesenhar o próprio destino do mundo.
Com a moda não é diferente e talvez, pela sua característica de constante renovação, isso apareça de modo até mais acentuado ainda. Mas veja bem o fenômeno do vintage, do redesenho e da releitura da moda passada, isto acontece porque foram bons produtos e bons projetos realizados. É comum a reedição de óculos, sapatos e acessórios dos anos trinta, cinqüenta, sessenta etc... muitos deles caíram no esquecimento mas os que souberam decodificar a sua época, expressar uma cultura e um comportamento reaparecem em nova edição. Tudo isso acontece porque estes objetos tiveram um forte conceito, romperam paradigmas estabelecidos, “escreveram” sua história e sua época. São produtos de décadas e/ou épocas passadas que sobrevivem porque representam uma história, traz seu significado e significância, demonstram um estilo de vida de uma geração e isto tudo é valor e cultura.

P5: Em uma palestra na faculdade, a designer Baba Vacaro afirmou que a poltrona mole de Sérgio Rodrigues representava não apenas a cara e alma brasileira, mas também o próprio designer. Quando criamos, deixamos mesmo nossas marcas, nossa cara no produto? Ou o designer deve criar um produto mais “impessoal”?
O homem, querendo ou não, é fruto de sua ambiência, da cultura que o rodeia, das histórias que escuta, do território que o determina e até do alimento que consome. Inconsciente ou não, tudo isso reflete na nossa produção artística e cultural, na produção do artesanato isso aparece mais claro, pois esteticamente muitas vezes se confunde criatura e criador, um como sendo a extensão do outro. Na cultura material, fruto da cultura industrial isso aparece de maneira mais sutil e decodificada, mas também acontece.
O problema de hoje é que as nossas referências não são somente regionais ou locais, com os meios de comunicações existentes (internet por exemplo) foram aumentando o raio de abrangência de nossas referências. Recebemos diariamente novas “contaminações” éticas e estéticas. O desafio, portanto, hoje, é conseguir a conexão entre o local e global, entre o tradicional e o contemporâneo e é por isso que falo que praticar design hoje é mais complexo que no passado.

P6: Seguindo o raciocínio da pergunta anterior, até que ponto o design não seria uma forma de o designer se expressar, respeitando, é claro, os desejos e as necessidades de seu público? O design pode ser visto como uma forma de expressão, como forma de escrever, reescrever histórias, como uma maneira de comunicar e até mesmo de criticar?
O design pode se manifestar de diversas formas que vão além do artefato industrial. Nele podem estar contidas mensagens que determinam um tempo, um movimento, uma contestação e às vezes se torna o retrato de uma época.
O design não existe isolado sem um contexto que o legitime, sem uma cultura que o determine e sem uma estética que o traduza. Por isso, muitas vezes o produto se apresenta não somente como reflexo de uma cultura coletiva e territorial, mas também como o resultado de um comportamento individual, de crenças e éticas próprias e quando isso acontece surge a quebra de paradigmas, os novos caminhos e as novas estéticas possíveis. Vejo, portanto, como salutar a busca pela particularidade, pela diferenciação e pelo singular.

P7: Que direção os designers de moda podem seguir para retirar o rótulo de “futilidade”, “banalidade” que geralmente é atribuído à moda?
A moda deve ser vista como uma expressão cultural de um povo e de um território, como a tradução de uma ética que precede uma estética. Tendo estes aspectos como modelo projetual, a moda nunca será fútil e banal, mas sim a interpretação de um tempo, de um estilo de vida e de comportamento social. A moda também pode ser vista como protesto, esperança e até mesmo uma mensagem política. Depende da mensagem que se passa através dela.
Veja bem, existe uma estética eclesiástica que representa os dogmas da igreja com seus ritos e mitos que aparecem bem definidos nas indumentárias dos religiosos católicos, diferenciando padres, bispos, cardeais e o papa. De igual forma existe uma estética militar que traduz a ordem e o rigor quando não as hierarquias militares, mas também existe a estética punk com seus protestos e particularidades traduzidas em estética própria urbana. Tudo isso passa pela moda sem ser fútil e banal, pois existe um forte conceito e crença que as sustente como estética.

P8: O que a cultura brasileira tem a oferecer ao design brasileiro (e vice-versa) e quais as estratégias para que o nosso design se insira no mercado?
O design brasileiro passou quase quatro décadas de costas para a cultura local, para a nossa rica ambiência e tradição popular. Os designers brasileiros, como em outros segmentos profissionais, tinham baixa estima de ser parte de um povo mestiço, multi-étnico e multi-cultural. Foi um período de excessiva referência à estética produzida nos países industrializados e de primeiro mundo mas, como a estética segue uma ética e um comportamento acabávamos por imitar também um jeito de ser e um estilo de vida que não era o nosso.
Hoje o design brasileiro começa a se tornar mais expressivo, se renova como conceito e estética, repensa o seu destino e toma o seu próprio caminho. Isto acontece porque o design brasileiro começa a decodificar e a inserir, sem mais baixa estima, a riqueza e a exuberância da nossa multiculturalidade. Este processo foi lento, assim como foi lenta a inserção no design na indústria brasileira, hoje mesmo tive conhecimento pelos jornais que as “havaianas” estão lançando uma linha de bolsas. Isto é interessante ao mesmo tempo em que é preocupante, pois as empresas brasileiras levam muitos anos para entender que devem diversificar seus produtos, promover novas experiências de consumo, explorar novos filões de mercado. As havaianas deveriam ter uma linha de bolsas, acessórios e outras sandálias a varias décadas atrás.
O Brasil apresenta um potencial infinito de referências estéticas, de promover novos signos e ícones para a produção industrial e ainda explorar a riqueza da nossa cultura híbrida e mestiça ao promover novos saberes e sabores ao mercado globalizado.

P9: O que você pensa acerca da parceria entre designers e artesãos? A troca fortalece a ambos?
A princípio são duas forças distintas, que podem sim interagir entre si. O artesanato pode ser explorado na sua manifestação mais original que é deixar a marca da mão do artesão no produto. Isto é o que determina a imperfeição e a falta de padronização desejável no artesanato, são valores inerentes às produções artesanais fruto de uma cultura popular espontânea.
A produção industrial tem outra lógica, outro ritmo e outra escala de produção. A máquina busca eliminar as imperfeições e a mão do homem se manifesta através do design, de seus conceitos e de suas modalidades de uso ali previamente estabelecidos pelo projeto.
Quando o designer faz a interface com o artesanato, ele deve, a meu ver, ser capaz de abstrair da lógica produtiva e industrial e se aproximar da lógica artesanal. Muitos conseguem fazer isso com mais precisão e arte, outros deixam transparecer a lógica e o ritmo da indústria na produção artesanal. Tudo depende da cultura de cada designer, de sua consciência política e social, somente assim ele poderá proporcionar uma contribuição relevante ao artesanato mesmo tendo como base uma formação capitalista que apontava para a grande produção e para o consumo de massa. Até agora, no que pude perceber, a troca fortaleceu mais aos designers (como aprendizagem) que aos artesãos.

sábado, 25 de outubro de 2008

EXPOSIÇÃO DE MOTOS CLÁSSICAS NO PÁTEO DO COLÉGIO (por cacau)


































































"As motos surgiram como opção bélica"

No dia 6 de julho, o Pateo do Colégio, local de fundação da cidade de São Paulo, recebeu a exposição destas motos que fazem parte do 5º Encontro Moto e Cia Classics.
Para participar da exposição as motos deveriam ter sido fabricadas anteriormente ao ano de 1979.
Tive a oprtunidade de entrevistar o mecânico especializado nessas raridades Lonello Palaia que além de mecânico é também museólogo
.Leonello é mecânico de motos, formado pelo CETEP em 1998, mecãnico DIESEL formado pelo SENAI.Já trabalhou em muitas oficinas e atualmente tem uma oficina própria especializada em OLD BIKES japonesas.Nasceu em Curitiba, PR.E apaixonado por motos já rodou pelas pistas mundo afora.
Num passeio por entre as centenas de motos Leonello foi me mostrando algumas motos e explicando num breve resumo como surgiram e o desenvolvimentos das motos na história.

As motos surgiram como opção bélica, mais silenciosas e menos problemáticas que os cavalos.

Os primeiros "pilotos" da história foram os soldados europeus e e americanos..

os ingleses deram o boom inicial, era o país que mais fabricou motos na europa.

Durante as grandes guerras, os governos dos países em conflito foram os maiores compradores.

Grandes licitações e motos padronizadas para resistir a todo gênero de intempérie.

A população comum também era estimulada a usar este tipo de veículo econômico, o chamado esforço de guerra.
Logo após o conflito as fábricas se voltam para um novo perfil de comprador, a assalariado que precisa de um veículo barato e econômico.

Isto se estende para os carros também, na Europa.

Os fabricantes europeus dominavam as pistas e as pequenas motos chegavam aos montes e estes antigos soldados ensinaram os demais a pilotar estas motos.

Os italianos da Piaggio lançam uma pequena Sccoter chamada "Vespa", que chega no Brasil pelos importadores de SP, descendentes de italianos....

A Monark do Brasil traz a pequena JAWA, de òtimo acabamento e barata.

Soldados americanos podiam comprar a sua Harley desmilitarizada por 60 dólares....

Desta generosa oferta surgem as primeiras gangues de motoqueiros, homens brancos do meio oeste pobre traumatizados pela guerra, foram à Europa para matar crianças...

Surge nos anos 50 o primeiro fabricante de motos no Japão, uma tal de HONDA, que em 1951 se inscrve no primeiro mundial de 125cc. Foi muito humilhado pelos concorrentes europeus, pobre japonês...

Dez anos depois ele abocanhou quase todos os títulos até 350cc....

Nesta mesma década duas fabricas japonesas surgem em cena, uma é MEGURA, nome fantasia da Kawasaki e a YAMAHA.

Os italianos fazem as melhores, mais velozes e sofisticadas motos, dominaram as pistas até meandros dos anos 70.

Anos 60 os japoneses invadem, os mercados pelo mundo afora.

Fazem motos mais baratas, mais sofisticadas e confortáveis.

Fàbricas européias começam a reagir, mas não conseguem, muitas entram em falência, principalmente as obsoletas inglesas.

Com o advento da contra cultura, bikers americanos são marginalizados, envolvidos com drogas, crimes, mortes e são duramente reprimidos, declínio do status da Harley Davidson.

Em 1969, a HONDA lança a CB750 FOUR (Minha moto!!!!!) e revoluciona o mercado.

Fábricas européias quebradas, somente os italianos sobrevivem.

Os quatro fabricantes japoneses HONDA, SUZUKI, YAMAHA e KAWASAKI. Os chamados "Big fours" se consolidam como maiores potências no ramo. Somente uma fábrica inglesa sobrevive ao avanço japonês, a TRIUNPH, porque um grupo de capitalistas tirou o processo de falência das mãos da Ministra M. Tatcher.

Harley quase falida controlada pelos italianos.A ùnica fábrica americana que sobreviveu.

Contra ataque europeu, com motos mais modernizadas e preços mais competitivos.

Chega em 1975 o primeiro fabricante de motos no Brasil, a Yamaha, que lança um modelo de 50cc.

A Honda chega no Brasil em 1971 como importadora, abre a sua fábrica em 1976 em Manaus.

Em 1976 o governo militar proíbe a importação de qualquer veículo importado.

Surge então a cultura da moto 125, de 125cc e barata. Que domina até hoje as ruas do Brasil

Em 1991 o presidente Fernando Collor derruba o decreto proibitivo de 1976. Voltam as motos importadas.

A Honda do Brasil é o maior fabricantes de motos das américas. Já exporta há décadas.

Anos 90 países como China começam a comprar o Know-how japonês, defasado para as rigorosas normas anti-poluição do primeiro mundo.

Hoje é o país que mais produz motores de moto no mundo. Exporta para o Brasil.

A moto de 125cc surge como opção geradora de emprego. O moto boy.

A Harley se reergueu das cinzas, e sob um forte esquema de marketing, faz parte do sonho de consumo das novas gerações, graças a imagem que quase a faliu! Mundo estranho...

E hoje domina o império italiano, é controladora da CAGIVA, um conglomerado que é dono de muitas fábricas.

Nas fotos algumas das motos la expostas eu e o amigo Leonello a quem agradeço a paciência de me dar essa verdadeira aula de história.




Palestra com o estilista João Pimenta (por CACAU MARTINS)-aluna anhembi morumbi















No congresso metáforas da rua acontecido na USP na ultima semana de outubro ,tive a oprtunidade de assistir uma palestra com o estilista João pimenta , na qual ele fez um breve resumo da sua trajetória e de sua marca até então,explicando como seu trabalho conversa e se confunde com arte por muitas vezes.

João Pimenta Filho,tem 41 anos, nascido em São Sebastião do Paraíso, Minas

Gerais.
É o criador da marca João Pimenta desde 2003,e é integrante da semana de moda Casa de Criadores desde 2004. Já teve participação na semana de moda de Madri e Texworld de Paris, e parceiros como Puma e Abit. Há quatro anos possui uma loja na Vila Madalena com as coleções desfiladas e colaborações especiais com grafiteiros, bandas e personalidades.

A discussão da marca aproveita referências como a congada para discutir o rico e o pobre e os esportes para rever o guarda roupa masculino com referencias femininas; inclusive essa se tornou a verdadeira essência da marca que foca no publico masculino uma maior liberdade para se vestir.

Com aceitação da mídia especializada possui um publico alvo, sem faixa etária definida, que busca nas criações do estilista uma liberdade de experimentar.

Por outro lado a João Pimenta Confecções também trabalha com o desenvolvimento de uniformes para ações promocionais (PDVs, feiras, recepção de eventos, blitz, etc.) e uniformes para empresas; apresentando soluções criativas e a preços competitivos.

Sempre atualizados com o que há de novo na moda, acompanhando tendências. Cada briefing é analisado e trabalhado de acordo com as necessidades do cliente, sempre de forma ágil e personalizada.Entre alguns de seus clientes estão:
American Express
Banco do Brasil
Bradesco
Claro
Close Up
Coca-Cola
Globo
Honda
Nokia
Petrobras
Philips
Sony
Vivo
Visa
Volvo

João tem um estilo barroco de apresentar suas idéias, no sentido de misturar mil referências e trazer camadas não só de tecidos mas de significados. O resultado é uma roupa e uma marca ultradesejável,pois cada peça é única . Não é apenas um look, não é apenas uma camiseta e uma calça. Tudo aquilo é novo, acabou de sair da máquina de costura... mas é cheio de história. Num tempo vazio em que precisamos de terapias para nos entender, nada mal adquirir umas histórias extras para chamar de nossas...

O estilista João Pimenta, constrói uma imagem de moda poderosa e abre espaço para algumas reflexões.P ode-se não gostar do resultado final do estilista, pode-se comentar do tal "efeito de passarela" que produz roupas que não são para o consumidor final, pode-se dizer que teve muito da força do stylist (que neste caso é próprio estilista), um profissional que cria imagens de moda, muitas vezes, maiores que a própria coleção.

Contudo e por tudo isso, o que não deve deixar de ser falado e analisado é que João Pimenta teve muita ousadia e elevou em muito a temperatura da Casa dos Criadores. A moda sempre precisa de gente assim ,que quer inovar .João usa elementos da Arte e do dia-a-dia pra inspiração de suas coleções ,em sua apresentação na semana das metáforas da rua que aconteceu na USP ressaltou que pega referencias tanto de artistas famosos como de grafiteiros ou mesmo do artesanato brasileiro e ainda citou a curiosidade de ter mendigos muitas vezes como um ponto de olhar o que pode ser usando no seu trabalho.

Palestra Ronaldo Fraga e Santista Textiles (por CACAU MARTINS aluna anhembi morumbi)

No dia 24 de setembro de 2008 a Universsidade Anhembi Morumbi promovel uma palestra com o estilista Ronaldo Fraga e a Santana Textiles.Ronado estilista brasileiro reconhecido pela forte identidade cultural no trabalho de suas coleções e a empresa Santana Testilex do Brasil conhecida por seu produto o denin com forte identidade nacional também.
A empresa Santana Textiles apresentou um vídeo com imagens de sua fábrica que fica no nordeste do país e ainda comentou sobre a história da marca e algumas pareceria de sucesso entre elas a com o estlista Ronaldo Fraga.Com inovações constantes, contínua renovação de sua linha de produtos e sempre atenta as tendências e exigências do mercado, a Santana Textiles conta atualmente com uma vasta linha de artigos para suprir as necessidades dos mais diversos confeccionistas de todo o Brasil.
Ronaldo Fraga na palestra apresentou slades e vídeos com sua coleções e explanou sobre seu trabalho contando sua trajetória desde o inicíode sua carreira e ainda respondeu questões levantadas pelos alunos de Design de Moda e Negócios da Moda da Univesidade Anehmbi Morumbi.Ronaldo ainda comentou sobre o que mais lhe traz inspirações e a importãncia de contruir uma identidade forte .
A história de Ronaldo Fraga com a moda começou em uma loja de tecidos, desenhando trajes a partir da história que cada pessoa lhe contava. Este início, que lhe rendeu a extrema sensibilidade para reconhecer um tecido por textura, toque ou cheiro.Ronaldo Fraga é um estilista brasileiro. Nascido em Minas Gerais e graduado em estilismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, estudou em Nova York, cursou a Parson's School com a bolsa que recebeu por ter vencido um concurso da empresa Têxtil Santista. Em Londres, aprendeu chapelaria na Saint Martins e, junto com o irmão, abriu uma pequena produção de chapéus, vendidos nas famosas feiras de Camden Town e Portobello.
Em 1996, participou do Phytoervas Fashion, em São Paulo. Em 1997, ganhou o prêmio de estilista revelação. Logo em seguida lançou a sua marca própria. Após participar da Semana de Moda - Casa de Criadores, Fraga foi convidado a entrar no São Paulo Fashion Week e desde então desfila nas duas edições anuais do evento. Logo na segunda participação, as roupas para o verão 2001-2002, inspiradas em Zuzu Angel, foram indicadas como melhor coleção feminina de 2002 para o prêmio Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil. As roupas de Ronaldo Fraga são vendidas em duas lojas próprias, uma em Belo Horizonte e outra em São Paulo, e em 30 multimarcas espalhadas pelo Brasil.
Acima coloquei uma foto do Ronaldo no dia da palestra e abaixo um vídeo com um trecho da palestra .


Entrevista com Dijon de Morares (por CACAU MARTINS-aluna anhembi morumbi)


No dia 11 de outubro de 2008 ,eu Cláudia Regina Martins (cacau), Cecille Vicente Figueredo e Fernanda Cury tivemos a oportunidade de entrevistar o Design Dijon de Moraes Júnior no Congresso de desenvolvimento de Pesquisa e Desenvolvimento em Design , que aconteceu no Centro Universitário Senac no Campus de Santo Amaro .
Dijon de Moraes foi um dos palestrantes no congresso e também re-lançou um de seus livros "Limites do Design", e depois gentilmente nos cedeu alguns momentos em uma entrevista informal onde entre outras coisas comentou sobre suas opiniões sobre a atuala cituação do desenvolvimento do design brasileiro e suas exprectativas para o futuro .
A publicação de Limites do Design é, sem dúvida uma importante contribuição à escassa bibliografia sobre design produzida no Brasil. Além de se destacar entre os melhores designers brasileiros, Dijon de Moraes é um estudioso do assunto. Preocupa-se com temas que vão desde os limites tecnológicos e científicos do design até a discussão sobre a formação do profissional da área. Escrito em linguagem acessível o livro compõe-se de três partes. A primeira traz uma retrospectiva histórica do desenvolvimento da indústria e do design, da Revolução Industrial até os dias de hoje. Na segunda parte discute-se a polêmica questão design de centro X design de periferia, principal preocupação do autor. A terceira e última parte é dedicada ao ensino do design no Brasil, na qual Dijon de Moraes sugere um modelo de ensino a ser adotado pelos países de Terceiro Mundo.
Dijon de Moraes é professor do curso de Desenho Industrial da UEMG e se ocupa dos aspectos teóricos e práticos do design, tendo mais de cem trabalhos produzidos por indústrias brasileiras.É consultor da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, professor das universidades Unisinos, de Minas, e ETAC, em Portugal. Durante sua carreira recebeu os prêmios do Museu da Casa Brasileira, CNPq, Bienal Brasileira de Design, Movesp e Young Designers.
Dijon aconselha os alunos a tirar o máximo de proveito dos anos de faculdade permite uma boa formação acadêmica. Dijon aconselha realizar os projetos propostos pelos professores da melhor maneira possível e confeccioná-los em forma de protótipo. "Um bom portfolio, mesmo acadêmico, pode passar uma boa impressão, fundamental para a relação designer-empresa".Para Dijon de Moraes, o design é uma atividade multidisciplinar que envolve várias disciplinas em um trabalho conjunto, buscando solução comum. "O designer é um maestro de uma orquestra que, regendo e fazendo uso de diferentes músicos e instrumentos, consegue um resultado final equilibrado, com harmonia, beleza e técnica".
Para ele a atividade projetual em design deve ser um trabalho conjunto, em equipe. Por isso, os profissionais de áreas diferentes, como os engenheiros, são aliados importantes nas questões técnico-produtivas. O profissional ou técnico adequado pode dar contribuição importante para tornar o projeto possível.Dijon comenta que o foco atual de sua pesquisa é o design e a globalização de quais são as soluções encontradas para toda a informação que esta ao alcance do designer de como ele deve trabalahar filtrando estas informações e sintetizando o melhor no seu produto .

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Batman o Cavaleiro das trevas (por cacau)aluna da anhembi morumbi

O look que parece novo, mas não é : é a releitura

" Também acontece nos quadrinhos e novos jogos eletrônicos"

Depois de algumas décadas do surgimento do look pode-se dizer que tudo já se foi inventado ,então as marcas encontraram uma nova saída para a gestão de seus produtos a releitura de looks passados. São pegados conceitos e algumas padronagens de um certo look e são feita adaptações para uma concordância com o tempo atual. Que se desde usar tecnologia atual para uma mesma trama de tecido , até encontrar novas funcionalidades na prória roupa adequando-a ao estilo de vida atual mas sem perder o conceito do look base para a releitura .O look conceitual é a obra do autor ou estilista que não esta pensando em produção em larga escala desse produto .No caso de se tornar um produto de venda são feitas modificações mas sem perder a identidade primeira seu produto deve conter especificações de seus conceitos e ainda ser produzido em larga escala.
O consumidor reconhce nesse produto algo já estabelecido e sente-se seguro ao usar esta roupa . É como se esse look já tivesse sido aprovado antes .O que faz com que grandes marcas invistam em look de releitura pois eles tem venda certa por causa desta pré aprovação . O mesmo acontece com os figurinos dos super-heróis em quadrinhos que são trazidos para o cinema ou ainda para os jogos eletrõnicos , sua indrumentária deve adequacer a nova realidade dos seus consumidores e ainda ter uma identidade facilmente reconhecivel de sua roupa que é parte integrantre do que carcteriza seu personagem , muitas vezes as pessoa que cuida do figurino do personagem no cinema busca também elementos na moda e tenta adequar essa roupa prévia do personagem à sociedade moderna , ou mesmo nos quadrinhos e principalmente jogos eletrônicos os desenhistas são obrigados a fazerem pesquisas relacionadas á moda e ao publico buscando elementos que compõem a realidade do seu personagem de acordo com a do consumidor moderno .
No filme exibido em julho deste ano ,"O Cavaleiros das Trevas'"que tem o personagem do Batman como personagem principal e o Coringa como seu antagonista fica vísível essa releitura dos seus figurinos , na idumentário do Batman percebemos elementos ultra modernos mas o conceito do que ela é a capa e o macacão não mudam e no personagem do Coringa percebe-se referências claras de moda tono o terno é em alfaiataria moderna e o que permanecem são as cores ligadas ao seu personagem .

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Palestra Rafael Ribeiro(por CACAU MARTINS aluna da anhembi morumbi)



DESIGN E EMOÇÃO
A palestra com Rafael Ribeiro aconteceu no dia 17 de outubro sexta feira as 9:30 da manhã na Universidade Anhembi Morumbi , Rafael Ribeiro foi convidado pela professora Miriam Levinbook para explanar para os alunos do 4º semestre do curso de Design de Moda sobre sua tese de mestrando em Design de Produtos pela Universidade Anhembi Morumbi.
Rafael Ribeiro em sua tese defente idéia de "OBJETOS COM ALMA", ou seja ,"QUE TRANSMITAM EMOÇÃO".
Emoção esta que não é propriedade do designer ,já que emoção é de carácter fisiológico da sensiorialidade humana , tornando o indivíduo sujeito as coersões sociais onde a emoção acabada por fazer parte também dos objetos de consumo . "A emoção é um sentido de ser algo e o consumo do ter algo que faz sentir" , faz o consumidor se basear em alguma imagem que o transformará em alguma outra coisa através de simbolos ou signos pré-estabelecidos.
Pensando nesse sentido Rafael Ribeiro nos faz refletir sobre a função do designer que vai além de construir simples objetos ou protudos e sim na construção de consumidores ,ou de se fazer de ponte entre os elementos materiais e eles .
Rafael Ribeiro fala sobre a importância do designer localiazar os sentidos :visão, olfato ,som ,paladar ,tato e intuição no consumidor e como o seu produto estabelece ligação com alguns desses sentidos . Enfatiza o quanto é importante aos estudo da relação do objeto ou produto que esta sendo contruído com a experiência , sensioralidade e conforto que ele provoca no usuário.
Rafael ainda coloca em questão o ponto de como "A CULTURA E A MEMÓRIA" influênciam na concordância entre objeto e usuário , quanto é importante o designer ter conhecimento da cultura e que questões de memória sensorial esse usuário poderá estabelecer com o seu produto .
Outro ponto importante levantado na palestra é a questão da Função Estética ,Simbólica e Prática de um objeto , onde e como elas devem ser aplicadas e como unir todas para assim sintetizar no mesmo objeto o fundamental para seu bom uso . A questão da tecnologia emocional também foi colocada em pauta , algo novo ainda para o mercado mas que já é bastante pesquizado pelas empresas, em como a tecnologia pode estabelecer relação afetiva servindo de ponte entre usuário e objeto .
Para Rafael Ribeiro o importante a ser entendi pelo designer é o fato de que os objetos carregam em si e consigo muito mais que uma função prática ,funções estas que pertencem a um universo particular de cada consumidor ligadas a história pessoas de cada um , o lugar onde estão inseridos e cultura local. Onde os espaços são preenchidos por relações de ordem experimental entre o homens e seus objetos , objetos estes que nos colocam em contato direto e constante com nossas ideologias, formas de pensar ,encarar e reagir a esses ambiente contemporãneos e o mais importante , escolhemos os objetos que vão estar a nossa volta, e quais os critérios que são usados para essa esta escolha é propriedade do designer entender para poder estabelecer as concordâncias entre :ESPAÇO, OBJETO, CONSUMIDOR E O QUE O FAZ ESCOLHER ESTE OBJETO COMO PONTE PARA O SEU ESPAÇO QUE PROVAVELMENTE LEVARA EM CONTA O FATOR EMOCIONAL .
Acima apresento duas fotos do famoso expremedor de larajas de Fhilippe Starck, bastante citado na palestra .
"Os designers devem preocupar-se com a criação de simbolos e signos e não apenas com a projeção de objetos. Objetos são microesculturas que entram em contato dom o lado emocional de um usuário."(Fhilippe Starck)